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Mostrando postagens de agosto, 2019

O ESQUECIMENTO DE SI. O SEQUESTRO DA SUBJETIVIDADE

O ESQUECIMENTO DE SI. O SEQUESTRO DA SUBJETIVIDADE Reflexão a partir do livro: “Quem me roubou de mim?”  do Padre Fábio de Melo Pedro Virgínio P. Neto Em "Quem me roubou de mim?", o padre Fábio de Melo discorre sobre o fenômeno da perda da individualidade, que ele denomina de "sequestro da subjetividade", a qual ocorre, geralmente, no âmbito dos relacionamentos interpessoais. A subjetividade é todo o conjunto de elementos constituintes da pessoa/personalidade humana, como crenças, valores, expectativas e ideais. Retiremos de dentro de uma pessoa humana todos esses elementos e a teremos transformado em um vegetal. Sufoquemos a manifestação dessa vida interior e estaremos cometendo um "sequestro de subjetividade". Tendo sido criado como Pessoa, O ser humano recebe, como dom de Deus, a liberdade. Primeiro, como "Potencial". Depois, como conquista do próprio ser humano, na atualização dessa potência na interação com o mundo e e

A CIÊNCIA (DES)APROVA DEUS?

A CIÊNCIA (DES)APROVA DEUS? Pedro Virgínio P. Neto Não podendo ser, Deus, objeto das Ciências da natureza, não pode ser provado nem negado definitivamente pelos dados da experiência científica, empírica. A defesa racional da realidade de um criador para o universo permanece, portanto, como um esforço filosófico. Ou seja, como o emprego de um esforço da razão natural humana, por meio da observação de certos aspectos da natureza, de um ponto de vista lógico, que revelam uma dada ordem natural complexa, a qual sugere, em sua origem e estabelecimento, a ação muito provável de um poder inteligente.  Francis F. Collins, geneticista e diretor do projeto Genoma, o qual revelou ao mundo a complexidade até então inimaginável das informações contidas em uma única célula, ao narrar o caminho intelectual percorrido por ele até sua adesão à convicção da existência de um criador, pergunta:  “... qual seria a explicação para a inexplicável eficiência da matemática? Não seria nada além

ADENTRANDO O CASTELO INTERIOR: INTROSPECÇÃO, MEDITAÇÃO E ORAÇÃO EM TEREZA DE ÁVILA

ADENTRANDO O CASTELO INTERIOR: INTROSPECÇÃO, MEDITAÇÃO E ORAÇÃO EM TEREZA DE ÁVILA Pedro Virgínio P. Neto "Castelo interior ou moradas" é uma obra escrita pela carmelita Tereza de Ávila no século XVI, mais precisamente no ano de 1577, na Espanha. O Elogio da loucura de Erasmo de Roterdã havia sido publicado há 66 anos (1511) e as 95 teses de Martinho Lutero há 60 anos (1517). Diferentemente de tantas outras obras de seu tempo, tendo sido escrita dentro de um convento, Castelo interior não parece demonstrar entusiasmo pelos tempos modernos e agitados do Renascimento e da revolução comercial. Tereza fala do valor do ser humano, não como sendo "a medida de todas as coisas", mas como tendo sido feito à imagem e semelhança de Deus, o qual é de fato é a medida de todas as coisas. É, portanto, um livro medieval em seu espírito.  Conforme relatado pela própria autora, a obra foi escrita em obediência ao pedido de seus superiores. Ela se mostrou resistente, a p