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PRIMEIRO ENCONTRO DE FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – EBD/2021

PRIMEIRO ENCONTRO DE FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – EBD/2021

PRIMEIRA IGREJA BATISTA REGULAR DO CRATO

 CONCEITO BASILAR DE EDUCAÇÃO

O termo Educação, em sua origem etimológica, dizem os pesquisadores, significa “trazer para fora”. Esse trazer para fora podendo significar o preparo da pessoa para viver fora de si mesma, em sociedade. Preparar para viver no mundo. Bem como, podendo significar despertar o potencial que está dentro da pessoa, adormecido. Provocar o desenvolvimento da pessoa.

Uma pessoa não nasce completa, pronta. Nem fisicamente, nem espiritualmente. Nascemos dotados de órgãos e funções básicas, dotados de potencial para nos tornar seres humanos maduros.

Nascemos e nos desenvolvemos fisicamente. Adquirimos hábitos e habilidades intelectuais e sociais. Espiritualmente também passamos por tal processo. Como crianças recém nascidas, bebemos do genuíno leite espiritual. E vamos crescendo e aprendendo até nos tornarmos mestres, tendo o aprendizado facilitado pela prática da Palavra, como nos diz o apóstolo Paulo, rumo à estatura e plenitude de Cristo - o homem perfeito. 

(1 Pe 1:22; Ef 4:13; Hb 5:12)

 

Jesus Cristo é o nosso modelo. Diz a Escritura que ele crescia: Lucas 2:40

1.   Fisicamente (Estatura)

2.   Intelectualmente (sabedoria)

3.   Socialmente (Graça diante dos homens)

4.   Espiritualmente (Graça diante de Deus)

A Educação se dá em todos os contextos, em situações nem sempre intencionais ou sistematicamente organizadas.

 

 

DISTINÇÕES ENTRE EDUCAÇÃO, ENSINO E INSTRUÇÃO

 O Ensino e a Instrução são aspectos particulares do processo mais amplo de Educação. O Ensino é um dos meios pelos quais se dá a Educação, sendo a Instrução uma das modalidades de ensino.

O Ensino é intencional e deve ser organizado e sistemático. Requer Reflexão e Planejamento.

Dentre os aspectos planejados no ensino destacam-se os Métodos de Ensino, sendo a Instrução um desses métodos. Mas não único.

ELEMENTOS DE UM PLANO DE ENSINO

Antes de tudo, o professor ou professora tem seus momentos de estudo e preparo pessoal. É imprescindível que ele esteja sempre em busca de aprendizado e crescimento espiritual, através de sua prática devocional, leituras e consulta a outras fontes de valor como vídeos documentários, vídeo-aulas , palestras e sermões.

Em seu planejamento de aulas o professor ou professora deve levar em conta os seguintes elementos:

1.   Os objetivos (Para quê? por quê?): O que quero que os meus alunos aprendam?

a.   Cognitivos (intelectual): Quero que compreendam uma ideia? Qual?

b.   Atitudinais (Emocional, afetivo): Quero que assumam um compromisso? Uma postura?

c.   Comportamentais (Ação): Quero que façam algo ou adotem um comportamento? Desenvolvam um hábito?

2.   O conteúdo ( O quê?): O que pretende ensinar? Quais os temas e as fontes?

a.   A Palavra de Deus em si.

b.   Fontes da cultura e da teologia evangélica.

c.   Temas da vida em sociedade.

É preciso que o professor estude bem o material que irá ministrar, para que tenha domínio geral sobre ele.

O conteúdo não é um Fim em si mesmo. Ele é um meio para alcançar os objetivos. Ter essa consciência evita que procuremos apenas entregar lições ou cumprir um currículo como se este fosse o objetivo final do ensino. O objetivo final do ensino é “transformar vidas’ e ministrar às "Necessidades das pessoas”.

3.   Os métodos(Como?): Como Pretendo ensinar o conteúdo escolhido em vista dos objetivos?

a.   Preleção

b.   Exposição-dialogada

c.   Discussão/ debate

d.   Resolução de problemas

e.   Pesquisa

f.     Métodos lúdicos: Teatralização, jogos, produção artística, etc.

g.   Leitura

h.   Outros

Os métodos variam de acordo com o conteúdo, a faixa etária dos alunos, as habilidades do professor, tempo e os recursos e materiais disponíveis.  

Não existe um método que seja simplesmente melhor do que outros. Algum será mais adequado em certas circunstâncias.  

4.   As formas de avaliar (Como foi?)

a.   A dinâmica da aula “fluiu”?

b.   Os materiais e recursos foram suficientes?

c.   Houve interesse e participação dos alunos?

d.   Alcancei meu objetivo, no todo ou em parte?

e.   Tenho observado as mudanças na vida pessoal dos alunos?

5.   A organização da sequência didática ( passo-a-passo)

Uma aula, ou um conjunto de aulas, é como uma peça unificada, composta de várias partes. Ela deve ter uma estrutura lógica: um começo, meio e fim.

 a.   Início ou abertura: É o momento de captar a atenção dos alunos. Começar a ensinar antes de captar a atenção é como lançar um anzol sem isca na água, para pescar.  É o momento também de contextualizar o que vai ser ensinado e apontar a relevância do assunto para a vida dos estudantes. A duração da abertura não deve ser longa, sendo de alguns minutos.

 b.   Desenvolvimento: Aqui o professor inicia efetivamente o ensino, fazendo uso de diferentes métodos ao longo do desenvolvimento da aula. Ele pode começar fazendo uma exposição do tipo preleção. Pode depois fazer perguntas instigantes aos alunos e, em cima das respostas dadas, esclarecer e aprofundar o que está ensinando. Antes disso, pode pedir que algum aluno responda a pergunta feita por um colega. Havendo tempo, pode-se recorrer a outros métodos como debates, pesquisas, atividades práticas e dinâmicas de grupo. Geralmente na EBD o tempo é muito limitado. Mas cabe ao professor escolher o método que melhor convém à sua aula.

 Cabe uma importante observação: Deve o professor evitar adotar apenas o método de exposição tipo Preleção ou algum outro método que deixe as pessoas muito passivas. Se trata-se de uma aula de 40 minutos, desenvolva sua aula em três blocos: 5 minutos de abertura, 20 de exposição/preleção, 15 de perguntas, respostas e comentários. Mais 5 minutos para conclusão. Esta divisão pode variar de acordo com o contexto. Mas nos dá uma noção de sua importância.

Percebe-se também a grande importância da administração do tempo. Permanecer vários domingos abordando uma mesma lição, fatalmente irá gerar a desmotivação e desatenção dos alunos.

 Conclusão: Na conclusão da aula, pode-se fazer uma revisão condensada do assunto, destacando seus pontos essenciais e suas aplicações práticas para a vida dos alunos. É também muito conveniente sinalizar o que será tratado no próximo encontro, com o objetivo de deixar uma expectativa no ar. Também convém deixar um apelo para que o estudante aplique algo do que estudou. Se possível deixe uma “tarefa” ou “desafio’.

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