ARTES - As linguagens artísticas
Síntese das
atividades desenvolvidas
Unidade 2- As linguagens artísticas
Prof. Pedro Virgínio P. Neto
Bolsistas: Larissa e Jéssica
As linguagens
artísticas
As linguagens
artísticas são fruto da necessidade humana de entender, apropriar-se e
explicar o mundo que o cerca e as experiências da vida. Sem linguagem a nossa
relação com o mundo seria totalmente semelhante a relação que os animais
inferiores mantêm com ela, marcada pelo imediatismo.
A linguagem é
constituída de um conjunto de signos, símbolos e sinais que unimos e
partilhamos com os outros, numa tentativa de comunicação. Tudo o que nos rodeia
pode ser apropriado pelo homem como signo ou símbolo por meio dos quais exprimimos ideias, sentimentos, vontades e intenções.
A linguagem pode
ser verbal e não-verbal. A linguagem falada ou escrita (Literatura). A
linguagem dos gestos e do movimento (Teatro e dança). A linguagem das formas e
das cores (Escultura, pintura, desenho). A linguagem do som e do silêncio
(Música). A linguagem da tecnologia que une som, imagens, cores e movimento (O
Cinema).
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Cf
páginas 90 e 91 (infográfico sobre as principais linguagens)
Em nossa relação
com o mundo, frequentemente, nos utilizamos dessas várias linguagens
combinando-as e dando origem às linguagens mistas. No encontro dessas várias
linguagens artísticas surgem as artes mistas as quais, combinando elementos
diversos, trazem ao público obras de grande originalidade. Como no exemplo da
arte produzida pelo grupo Teatro Mágico.
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Cf
página 14 e 15 (Introdução à Arte e sobre o grupo Teatro mágico. Teve questão
no ENEM 2018 sobre eles)
Ao unir texto e
imagem podemos gerar a linguagem da poesia concreta ou visual. E
ao unir imagens
em movimento e tecnologia computacional podem ser criadas expressões artísticas
inusitadas e fugazes.
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Cf
página 66 (Autorretrato em união com poema I-Juca Pirama)
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Cf
página 78 (Exemplo de computer Art. Retrato em linguagem binária)
Nosso foco,
nesta unidade, mais do que trabalhar conceitualmente com as linguagens
artísticas, foi experimentar situações que as envolvesse. Sobretudo, a
linguagem poética, através da leitura e produção de haicais, e da música,
através da experimentação com base nas teorias de Raymond Murray Shaffer.
A linguagem
poética
A linguagem
poética lida, sobretudo, com as funções emotiva (subjetiva) e conotativa (Figurada)
da comunicação.
Na função
emotiva o alvo principal é comunicar os sentimentos e percepções pessoais dos
artistas, interpretando a realidade segundo seus sentimentos e não segundo um
princípio de realidade objetiva. A linguagem é predominantemente conotativa,
utilizando-se de vários recursos denominados figuras de linguagem. As metáforas
e comparações são responsáveis pela ressignificação do real. Assim, uma pedra
no meio do caminho não é só uma pedra, mas todas as experiências desafiadoras e
angustiantes da vida do ser humano. O pássaro que voa é identificado ou com a
superação dos dilemas ou com a perda de algum bem.
“ Poeminha do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho! ”
Mario
Quintana
Outras figuras
de linguagem atuam sobre a musicalidade e sobre o ritmo das palavras, como no
poema "A aranha".
“Aranha tateia o
teto.
Tece a teia com cautela
Pra que venha uma besta
E caia nela. ”
Pedro Virgínio
Procuramos, a
partir da escuta de algumas músicas, e da captação de sons e situações do
ambiente, encontrar inspiração para nossa própria produção poética, tendo como
modelo básico os poemas denominados Haicais.
Os Haicais são
uma forma de poema de origem japonesa, com uma forma fixa de 3 versos, sendo
cada verso de 5, 7 e 5 sílabas poéticas, respectivamente. Mas também pode ser
tomado em uma significação mais livre, como um pequeno poema voltado a capturar
um breve instante, uma fotografia literária de um momento ínfimo.
As produções de Matsuo Bashō
e de Paulo Leminski, um japonês e um brasileiro, foram nossos modelos:
“A estrela
cadente
Me caiu ainda
quente
Na palma da mão.
” (Paulo Leminski)
A linguagem
musical
No que diz
respeito à linguagem musical, buscamos, a partir exercícios de escuta ativa,
trabalhar a percepção auditiva, a imaginação, o sentimento e a memória, posto
que todas essas faculdades participam da apreciação de um som ou de uma peça
musical.
Ao apreciar uma
obra musical não a ouvimos apenas enquanto sons, mas a ela atribuídos muitos
significados, associando-a às nossas memórias afetivas e ao conjunto de imagens
mentais que carregamos de nossas experiências.
Partindo das
elaborações do teórico e pesquisador musical Murray Shafer foram propostas
atividades de percepção dos sons ambientes para a composição de paisagens sonoras,
trabalhando o conceito amplo de som e ruído, os quais unem-se a fim de originar
composições musicais.
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Cf
páginas 111 e 112 (O desenho da música- notação- e nota sobre M. Shafer)
Para tanto foram
apresentadas as noções de parâmetros sonoros, os quais caracterizam os sons a
partir de certas qualidades, a saber: altura, duração, intensidade, timbre e
densidade. O conhecimento destes padrões e a percepção desenvolvida com o
exercício da paisagem sonora fornece uma rica experiência que pode contribuir
para o processo de criação artística, ampliando para o uso de instrumentos
musicais alternativos.
❖
Cf
páginas 243 e 244 (Parâmetros sonoros, Vibração regular/irregular)
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Cf
página 252 (Questão 1, ENEM sobre parâmetros sonoros)
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Cf
página 161 (Hermeto Pascoal, faz música com sons da natureza)
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Cf
página 165 (Fernando Sardo, fabricante de instrumentos artesanais)
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Cf
página 166 (Músico John Cage, criador de paisagens sonoras)
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